Pólipos na colonoscopia e câncer de intestino

Pólipos na colonoscopia e câncer de intestino

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O tipo mais comum de câncer de intestino é o adenocarcinoma. Ele ocorre no intestino grosso e em cerca de 95% dos casos, inicia-se como um tumor benigno. Por isso, a prevenção dessa doença é feita com a detecção desses tumores em uma fase anterior à malignização.

Os pólipos intestinais

Os pólipos são estruturas assemelhadas a uma verruga que ocorrem na camada que reveste o tubo digestório – essa camada se chama mucosa. Podem ser de vários tipos, sendo que os que estão associados ao câncer de intestino grosso são os adenomatosos e os serrilhados. Dificilmente causam sintomas e, portanto, é necessária a busca ativa dos pólipos para que sejam encontrados.

O melhor exame para sua detecção é a colonoscopia. Esse exame, além de encontrar os pólipos, nos dá a possibilidade de tratamento: o médico é capaz de retirar esses pólipos pelo próprio procedimento endoscópico. Uma vez retirado o pólipo, ele não se tornará câncer.

Quando devo fazer minha primeira colonoscopia? Quando devo repeti-la?

A primeira colonoscopia para rastreio do câncer de intestino grosso deve ser feita aos 45 anos. Caso você tenha um parente de primeiro grau que tenha tido esse tipo de câncer, é importante que realize sua primeira colonoscopia 10 anos antes da idade que ele teve o tumor (por exemplo, se sua mãe teve câncer aos 45 anos, você deve realizar sua primeira colonoscopia aos 35 anos; se sua mãe teve câncer aos 65 anos, você deve realizar o exame aos 55 anos, vale a idade mais precoce).

Somente é possível programar o segundo exame sabendo o resultado do primeiro. Algumas informações são essenciais, como: número de pólipos, tipos de pólipos, grau de diferenciação etc. 

É justamente por isso que é muito importante que você sempre leve a sua última colonoscopia (junto com o resultado das biópsias) para o seu médico avaliar. A minoria dos pacientes necessita repetir esse exame anualmente; a grande maioria deve repeti-lo a cada 3 ou 5 anos (alguns a cada 10 anos!). 

É muito importante que isso seja dito, pois a colonoscopia além de ter um preparo desagradável não é um exame isento de complicações – pode ocorrer perfuração do intestino!

E o exame de sangue oculto, substitui a colonoscopia?

Não. O exame de sangue oculto é muito limitado. Seu resultado positivo pode ser causado por um sangramento mínimo durante uma evacuação endurecida, por uma hemorroida, pelo fato de o paciente ter comido carne vermelha etc. Seu resultado negativo não exclui a existência de pólipos, nem de câncer.

E se eu tiver câncer de intestino?

Não há motivo para desespero. O câncer de intestino é o mais comum do tubo digestório e seu tratamento melhorou muito nas últimas décadas.

A cirurgia pode ser realizada de maneira pouco invasiva (por videolaparoscopia, por cirurgia robótica), a quimioterapia tem cada vez menos efeitos colaterais e mais poder de controle de tumores avançados, a radioterapia é uma opção nos tumores do reto (parte final do intestino grosso) e a bolsa de colostomia só é necessária na minoria dos casos.

Como eu faço para prevenir o câncer de intestino?

Os fatores de risco para o câncer de intestino incluem o tabagismo, a obesidade, o sedentarismo, a baixa ingesta de fibras, a história familiar e entre outros. 

Conhecê-los é muito importante, porém, mais importante ainda, é realizar a colonoscopia como exame de rastreio de pólipos. Se toda a população tivesse acesso à saúde adequada e seguissem as orientações corretas, pouquíssimas pessoas teriam câncer de intestino. Lembrando mais uma vez que a colonoscopia é capaz de retirar o pólipo antes que ele vire o câncer!

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Henrique Mateus - Doctoralia.com.br